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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Era uma vez um ferreiro *

Era uma vez um ferreiro que, após uma juventude cheio de excessos, resolveu entregar sua alma a Deus?. 
Durante muitos anos trabalhou com afinidade, praticou a caridade, mais apesar de toda sua dedicação, nada parecia dar certo em sua vida.
Muito pelo contrário: Seus problemas e dívidas acumulavam-se cada vez mais.

Uma bela tarde, um amigo que visitara e que compadecia de sua situação difícil, comentou: ?É realmente estranho que, justamente depois que você resolveu se tornar um homem temente a Deus, sua vida começou a piorar. Eu não desejo enfraquecer sua fé, mas apesar de toda a sua crença no mundo espiritual, nada tem melhorado?.

O Ferreiro não respondeu imediatamente. Ele já havia pensado nisso muitas vezes sem entender o que acontecia em sua vida.

Entretanto, como não queria deixar o amigo sem resposta, começou a falar e terminou encontrando a explicação que procurava.
Eis o que disse o ferreiro:
?Eu recebo nesta oficina o aço ainda não trabalhado e preciso transformá-lo em espadas.
Você sabe como isso é feito?
Primeiro eu aqueço a chapa de aço num calor infernal, até que fique vermelha. Em seguida, sem qualquer piedade, eu pego o martelo mais pesado e aplico golpes até que a peça adquira a forma desejada.
Logo, ela é mergulhada em um balde de água fria e a oficina inteira se enche com um barulho do vapor, enquanto a peça estala e grita por causa da súbita mudança de temperatura. 
Tenho que repetir esse processo até conseguir a espada perfeita: uma vez apenas não é o suficiente?.
O Ferreiro deu uma longa pausa e continuou:
?Às vezes, o aço que chega até minhas mãos não consegue agüentar esse tratamento. O calor, as marteladas e a água fria terminam por preenchê-lo de rachaduras. E eu sei que jamais se transformará numa boa lâmina de espada. Então eu simplesmente coloco no monte de ferro-velho que você viu na estrada de minha ferraria?. 
Mais uma pausa e o ferreiro concluiu:
?Sei que Deus está me colocando no fogo das aflições?.
Tenho aceito as marteladas que a vida me dá e as vezes sinto-me frio e insensível como a água que faz sofrer o aço. Mais a única coisa que peço é: 
<b>?Meu Deus não desista até que eu consiga tornar a forma que o Senhor espera de mim. Tente de maneira que achar melhor, pelo tempo que quiser, mais jamais me coloque no monte de ferro-velho das almas.


AUTOR DESCONHECIDO
IMAGEM RETIRADA DO GOOGLE

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